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A sua forma de amar

Muitas vezes, somos levados a acreditar que a felicidade só pode ser encontrada ao lado de outra pessoa, depositando no outro a responsabilidade de preencher o vazio que sentimos no peito. No conteúdo de hoje, você entenderá que não existe alguém perfeito para você, mas que existe alguém que terá a disposição em aprender e reaprender como te amar. No entanto, para que isso aconteça, você precisa conhecer-se o suficiente para ser capaz de ensiná-lo. O texto de hoje se trata disso: sobre como a jornada de aprender a se amar é essencial para que você possa ensinar o outro a te amar.


Quem te ensinou a amar? Reflita sobre as referências que mais contribuíram para sua compreensão do amor. Pode ser que, ao pensar nisso, memórias significativas tenham surgido em sua mente: pessoas que fizeram parte da sua história, influências que você acumulou ao longo da vida.


Em algum momento, veio à sua mente alguma lembrança de você sendo a fonte de expressão amor pelos outros ou por si mesmo? Você consegue se considerar uma das pessoas mais importantes na sua vida que irá te ensinar o que é o amor?


Por um processo natural da vida, aprendemos sobre o amor a partir das experiências de amor que recebemos (ou deixamos de receber) e, gradualmente, vamos entendendo como é ser amado e como expressamos nosso afeto. No entanto, chega um momento crucial em que precisamos refletir sobre nossas próprias formas de amar: qual é a minha maneira de amar? E quais atitudes do meu par que me fariam sentir verdadeiramente visto, amado?


Se você depender exclusivamente dos outros para encontrar essas respostas, você sempre sentirá um vazio, uma insatisfação constante sobre de si mesmo. Pense nisso como a sua alimentação: você comia o que estava disponível em casa ou o que lhe era apresentado ao longo da vida. Quando você começa a aprender a cozinhar, tende a preparar algo semelhante ao que estava acostumado, mas com o tempo você expande seus gostos e seu repertório culinário.


Aprender a sua maneira de amar é questionar-se:

  • O que que eu aprecio?

  • O que eu sempre fiz, mas no fundo não gosto tanto assim?

  • O que já fiz até aqui que me faz sentir apreciação e o que mais eu tenho expectativa de fazer?


Embora receber amor dos outros seja importante, é essencial ser capaz de se amar quando você está sozinho consigo mesmo. O afeto de um parceiro não pode ser a única base para sua auto-valorização; somente assim você saberá que escolheu sua companhia para apreciá-la verdadeiramente e não para evitar a solidão. Então, lembre-se: aqueles que aceitam migalhas em relacionamentos são os que precisam delas para sobreviver.


Desenvolver seu amor próprio é dar a si mesmo o direito de escolher com discernimento, é garantir que você terá a liberdade de escolha.


Agora vamos imaginar que você encontra uma pessoa que chama sua atenção, perceba que há um pressuposto de que a pessoa certa pra você é aquela que atende todas as suas expectativas de imediato, como se, tudo o que ela cozinhasse te atendesse sempre. No entanto, é importante considerar que o repertório dela é tão limitado quanto o teu, em algum momento da vida, ela precisará aprender novas receitas e você também.


A pessoa que realmente saberá como te amar é aquela disposta a passar pelo processo de aprender com você a sua forma de amar, além de te ensinar novas receitas. Ninguém saberá, de primeira, como atender às suas necessidades e é importante que, quando esse momento chegar, você saiba como ensiná-la a compreender suas necessidades.


Quando uma nova pessoa surgir em sua vida, é importante que você tenha disponível seu "manual de instruções", também, é importante que você saiba ler o manual dos outros também. É isso que faremos ao longo dessa jornada: construiremos o seu manual e aprenderemos a interpretar o dos outros.


Vamos juntos nessa?


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